4 de julho de 2011

Uma estréia é sempre a droga de uma estréia


Não foi o esperado, mas com certeza foi melhor que um 0 a 0 com a Venezuela e 1 a 1 com a Bolívia. Esse é o sentimento que restou após a estréia oriental na Copa América 2011. Assim como o esperado, o Uruguay teve mais atitude, mais chances de marcar e a saída rápida da defesa continua a mesma da Copa da África. Também assim como o esperado, a zaga nos deixou na mão, pois a falha no gol de Guerrero foi crucial para o resultado da partida. Mas há motivos para vislumbrar um futuro feliz após o jogo de estréia.
O time uruguayo enfrentou dois grandes problemas: o nervosismo na estréia, que afetou jogadores como Lodeiro e Cavani, e o rápido ataque do Peru, que abusou das jogadas pelos flancos, se valendo da lentidão de Lugano e Victorino. E foi usando da velocidade e da má atuação da zaga que o Peru fez o primeiro gol, quando Guevara lançou por entre Lugano e Victorino para Guerreno dominar e sair em disparada rumo às redes, sem notar a presença de Muslera. Os jogadores celestes sentiram o golpe e continuaram arriscando de longe, mas sem sucesso. O motivo da falta de sucesso nas conclusões foi o defeito do último toque uruguayo, faltou a definição com qualidade, talvez pelo nervosismo de estrear em um campeonato onde a equipe tem fortes chances de ser campeã. Embora em desvantagem no placar, o Uruguay seguiu lutando e em uma bola enfiada na área por Lodeiro, Suárez tirou do alcance do goleiro adversário e decretou o empate. 1 a 1.
Suárez recebeu bom passe de Lodeiro e desviou do goleiro para empatar a partida
Na volta do intervalo, a Banda Oriental Del uruguay veio com fome de vitória, tocando muito bem a bola, com os três atacantes se movimentando intensamente e com Diego Forlán dando seu show de lançamentos, toques rápidos e certeiros, mas novamente pecando nas conclusões. Enquanto isso, o Peru assistia à partida enraizado em sua defesa. Por pecar tanto nas conclusões o time uruguayo permitiu ao Peru que atacasse e crescesse na partida, obrigando a zaga oriental a se defender com garra, como se Pereira, Lugano, Victorino e Martín Cáceres estivessem defendendo a própria pátria da invasão inimiga.
Defesa lutou bravamente contra o rápido ataque peruano
 A garra demonstrada na marcação e a forte movimentação na linha de frente fizeram com os jogadores celestes cansassem, e na metade do segundo tempo a equipe perdeu suas forças, passando a se defender unicamente. Ao final, o empate no placar e o gosto amargo na boca de que poderia ter sido melhor não fosse o nervosismo e as falhas da zaga. A boa notícia pra quem acredita em superstição, destino e essas coisas, é que na última Copa do Mundo, onde a Celeste desenvolveu um belo futebol e foi muito longe na competição, a estréia uruguaya também foi um empate. Para aqueles que preferem se focar no que acontece dentro das quatro linhas, a boa notícia é que para o próximo jogo, contra o Chile, sexta-feira às 21h45, Diego Godín está de volta, e deverá trazer mais qualidade para a zaga Celeste.

Até lá, seguimos cantando, bebendo e gritando: Viva Uruguay!

Nenhum comentário:

Postar um comentário