10 de julho de 2011

Mesmo com derrota na final, Uruguay sub-17 faz história

Pela primeira vez na história, Celeste sub17 vai a final do Mundial, mas perde para o México
 Depois de vencer a seleção brasileira nas semifinais, o time sub17 uruguayo chegou à final da Copa do Mundo Sub17, porém acabou perdendo para o México por 2 a 0. Este post não falará sobre o jogo, em si, mas sobre o que representou esta ótima campanha dos jovens uruguayos neste torneio sub17, que na verdade é um torneio feito para olheiros europeus sacarem os promissores jogadores do futebol africano e sul-americano.
Apesar de ter um caráter e um objetivo muito comercial, a Copa do Mundo Sub17 se tornou um grande campeonato para os jogadores uruguayos, pois foi com este 2º lugar no torneio que o futebol celeste pode gritar: SIM, ESTAMOS CRESCENDO! Nunca antes na história deste país (LulaStyle) uma seleção sub17 chegou tão longe em um mundial da categoria. E é por isso que os uruguayos irão voltar do México, onde a Copa do Mundo foi disputada, com alegria e sentimento de dever cumprido em seus rostos, com a certeza de que este resultado é uma mostra de que o futebol do país irá prosperar nos próximos anos.
Bela campanha faz parte do projeto desenvolvido por Tabárez
Infelizmente não pude comentar a histórica goleada uruguaya pra cima da "molecada" brasileña, quando os jogadores brasileiros mostraram o motivo pelo qual o Brasil decepciona tanto a sua torcida nos últimos anos: tanto nesta sub17 quanto na seleção principal há qualidade, há habilidade aos jogadores, mas falta a vontade de ganhar e a bravura que faz um time campeão. O Brasil foi muito melhor durante o jogo inteiro, teve 19 chances de gol contra nove do Uruguay, porém os jovens uruguayos tiveram a malandragem e a raça acima de tudo, aproveitaram melhor as chances, fizeram o primeiro gol e jogaram com inteligência para ampliar o escore. Assim a Celeste foi muito mais inteligente e qualificada no geral para golear o Brasil e passar a final.
Campanha foi marcada por raça e qualidade do time
Na decisão do Mundial Sub17 o Uruguay fez frente aos donos da casa, que estavam reforçados pela torcida de de 100 mil mexicanos que lotaram o estádio Azteca. Não pude acompanhar o jogo, mas pelo que pude apurar (faro jornalístico + checagem de fontes) foi um jogo equilibrado, brigado ao máximo, mas ao que tudo indica, os uruguayos sofreram com a pressão da torcida mexicana e sentiram muito a falta dos dois ótimos atacantes, Juan Cruz Mascia, que não jogou porque estava lesionado, e Rodrigo Aguirre, que se lesionou aos 23 minutos do primeiro tempo. Apesar do equilíbrio, o México foi, de fato, melhor e aproveitou suas chances para matar o jogo no segundo tempo, quando a Celeste sub17 crescia no jogo e estava prestes a chegar ao empate. Os uruguayos ainda meteram duas bolas na trave, o que mostra que não faltou vontade nem qualidade para o time treinado por Fabián Coito. Vontade e qualidade demonstrada em jóias como o zagueiro Emiliano Velásquez, o goleiro Jonathan Cubero, o meia Elbio Álvarez e os atacantes Rodrigo Aguirre, Juan Cruz Mascia e Santiago Charamoni.
Esta Celeste que acabou derrotada sai como vencedora, pois dá mostras que o futuro uruguayo será novamente de glórias. Esta medalha prateada que bate no peito de cada jogador uruguayo é a forma física do trabalho que está sendo feito neste novo futebol uruguayo, com apostas na base, com orgulho a flor da pele e com aquele sentimento que podemos chegar cada vez mais longe. Isto é apenas o caminho a ser percorrido para chegar ao objetivo final: recolocar o Uruguay no topo do futebol mundial, assim como em 30 e 50 pela Celeste e em 80 com Nacional e Peñarol. É isso que a nação uruguaya quer, é isso que os celestes vislumbram a cada partida de um time uruguayo. Infelizmente para nosotros, o México acabou vencendo, mas o que nos deixa feliz é saber que o trabalho iniciado por Óscar Tabárez em 2006 está dando frutos, e no futuro, estes jogadores que hoje bateram na trave, poderão levar a Celeste ao Tri Mundial. Quem sabe em 2014, num segundo Maracanazo?
Abaixo, alguns lances do jogo, a lesão de Rodrigo Aguirre e os gols dos mexicanos:

Seguiremos crescendo, seguiremos sonhando, seguiremos grandes!

Nenhum comentário:

Postar um comentário