Por US$ 11,5 milhões, zagueiro Coates foi vendido ao Liverpool, da Inglaterra, onde fará companhia à Luis Suárez |
Apesar de tradicional, aguerrido, épico e lindo, o futebol uruguayo sofre do mesmo problema enfrentado pelos clubes brasileiros, porém de forma mais aguda. O assédio de clubes estrangeiros a jogadores celestes tem amputado a ambição e a qualidade das equipes orientales, pois até mesmo clubes sul-americanos estão levando os bons jogadores celestes para fora do Uruguay. Prova disso é, no Brasil, o Botafogo, o Cruzeiro, o Atlético Paranaense e o Inter, clubes que em seus grupos atuais contam com jogadores uruguayos, alguns são jovens talentos, como Santiago "Morro" Garcia, outros já mais experientes, como Gonzalo Sorondo. No restante da América há o Olimpia do Paraguai, o Boca Juniors e o Independiente na Argentina, o Colo Colo no Chile e diversos clubes do México, como o Tijuana.
Se os irmãos sul-americanos já talham os times uruguayos, então imagine a Europa! Nesta quarta-feira (24), o maior talento celeste da atualidade deixou o Nacional e a Banda Oriental rumando para a Inglaterra: Sebastián Coates, de 20 anos acertou sua transferência para o Liverpool, que pagará US$ 11,5 milhões pelo passe do jogador, número recorde do futebol uruguayo. Deste total, US$ 6,5 milhões vão para os cofres do Nacional. A transferência está acertada, sendo que Coates já se despediu de seus colegas de equipe e viajou para a Inglaterra, restando apenas assinar o contrato.
Em seu discurso de despedida, Coates disse: “Irei voltar. É um orgulho poder ter vestido a camiseta do Nacional” em entrevista à assessoria de imprensa do clube de seu coração. O bravo e qualificado zagueiro, a quem chamam de Luganito pelo seu estilo xerifão, semelhante ao capitão Lugano, irá deixar o Nacional carente de seu melhor defensor e um dos recentes ídolos de sua torcida, justamente no início da disputa de mais um Campeonato Uruguayo. Resta agora ao Nacional a busca por novos talentos usando o dinheiro recebido na venda de Coates, e aos torcedores bolsos, a reza para que os próximos grandes jogadores do Nacional não sejam vendidos tão cedo para o mercenário futebol europeu.
Boa sorte Sebá!
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