30 de setembro de 2011

Convocada a Celeste para a estréia nas Eliminatórias

Enquanto Brasil e Argentina disputavam a Copa Roca (num jogo chato pra caramba), na última quarta-feira (28), El Maestro Óscar Washington Tabárez anunciou a lista de jogadores convocados para a estréia celeste nas Eliminatórias da Copa do Mundo 2014, que ocorrerá na próxima sexta-feira (7), em Montevideo, contra a Bolívia.
Recentemente, Tabárez havia convocado 26 jogadores para serem analisados, e na quarta-feira, três destes foram descartados, sendo eles Mauricio Victorino (Cruzeiro-BRA), Nicolás Lodeiro (Ajax-HOL) e Sebastián Fernández (Málaga-ESP). Além de enfrentarem a Bolívia, os 23 convocados por El Maestro ainda jogam contra o Paraguai, na terça-feira (11).

Os 23 jogadores que iniciam a luta pela classificação para a Copa do Mundo 2014:

Goleiros: Fernando Muslera (Galatasaray-TUR), Juan Castillo (Colo Colo-CHI) e Martin Silva (Olimpia-PAR)

Defensores: Diego Lugano (PSG-FRA), Diego Godín (Atlético de Madrid-ESP), Andrés Scotti (Colo Colo-CHI), Sebastián Coates (Liverpool-ING), Martín Cáceres (Sevilla-ESP), Jorge Fucile (Porto-POR), Maxi Pereira (Benfica-POR) e Alvaro González (Lazio-ITA)

Meias: Arévalo Rios (Tijuana-MÉX), Diego Pérez (Bologna-ITA), Walter Gargano (Napoli-ITA), Sebastián Eguren (Sporting de Gijón-ESP), Álvaro Pereira (Porto-POR), Cristian Rodríguez (Porto-POR) e Gastón Ramírez (Bologna-ITA)

Atacantes: Diego Forlán (Internazionale-ITA), Luis Suárez (Liverpool-ING), Edinson Cavani (Napoli-ITA), Sebastián Abreu (Botafogo-BRA) e Abel Hernández (Palermo-ITA)

Vamos Celeste!

29 de setembro de 2011

Peñarol comemora 120 anos de história


Grande festa na noite de quarta-feira (28) marcou a comemoração do 120º aniversário do clube
O Club Atlético Peñarol comemorou seu 120º aniversário na última quarta-feira (28), relembrando seus títulos, suas equipes, suas glórias, enfim, sua linda história. Pela comemoração da tão importante data, inúmeros eventos foram realizados em Montevideo, como jogos entre ex-jogadores e torcedores, bandeirões, shows, todo o possível para pintar a capital uruguaya de amarelo e preto.
Torcida carbonera se fez presente nos festejos
Sabendo da importância do clube para o futebol uruguayo, sul-americano e mundial, hoje o Futebol de Uruguay oferece aos amantes do futebol charrua e torcedores carboneros, um pouco da história do Peñarol. Nas linhas abaixo você irá conhecer a história de um dos maiores libertadores da América e (talvez) entender porque a torcida do Peñarol é tão apaixonada por este clube de 120 anos.

Fundação
A história mirasol começou um ano antes da fundação do clube, no remoto ano de 1890, quando a empresa inglesa Central Uruguay Railway Company (Central do Uruguay de Caminho de Ferro), decidiu erguer as suas novas instalações em 17 hectares de terra de uma povoação dos arredores de Montevideo, onde muito tempo atrás se instalara um agricultor italiano de nome Pedro Pignarolo (lê-se pinharolo) e com o tempo, o nome foi sendo moldado pelos locais, dando origem ao chamado Pueblo de Peñarol. Em 1891, Mister Roland Moor, presidente da companhia, decidiu criar uma instituição desportiva, destinada à prática do futebol, a que deu o nome de Central Uruguay Railway Cricket Club, o CURCC, sendo suas cores o preto e amarelo da empresa de ferro carril. Então, no dia 28 de setembro de 1891, 15 desportistas se juntaram nas oficinas da empresa e fundaram o clube.
A primeira partida do CURRC ocorreu em 1892 contra a equipe do colégio English High, com vitória por 2 a 0. Neste mesmo ano o novo clube enfrentou aquele que seria durante anos o seu grande rival do futebol uruguayo: a equipe do Albion Football Club. O primeiro título uruguayo veio em 1900, ano em que foi fundada a The Uruguay Association Football League, que mais tarde seria a Associacion Uruguaya de Fútbol. Após a fundação da associação foi disputado o primeiro campeonato uruguayo com os membros fundadores, tendo como campeão invicto o CURRC (seis jogos, 36 gols a favor e dois gols contra). Cabe lembrar que a AUF considera oficiais apenas os títulos uruguayos conquistados na “era profissional”, iniciada em 1932.
Em 13 de dezembro de 1913 iniciou-se um processo que mudaria a historia do clube. Desde que foi fundado, existiram dois tipos de sócios - aqueles trabalhadores e dependentes da empresa de ferrocarril, que podiam votar e ser votados para os cargos políticos dentro do clube, e aqueles sócios não trabalhadores que não tinham voz nem voto. Por não terem direitos políticos, os sócios não trabalhadores da empresa passaram a lutar pelos seus direitos e então várias reuniões foram realizadas entre os dirigentes, que culminariam em diversas mudanças, entre elas a não distinção dos sócios e a mudança do nome do clube, com o intuito de desvincular o clube da empresa e deixar clara a gênese uruguaya da instituição futebolística. O nome escolhido foi o da povoação onde nascera o clube, então em 12 de março de 1914, o CURRC passou a se chamar Club Atlético Peñarol.

A rivalidade com o Nacional
É praticamente impossível lembrar do Peñarol e não lembrar da sua rivalidade histórica extrema com Club Nacional de Fútbol. Isto ocorre porque a rivalidade entre bolsos e carboneros é uma das mais velhas existentes no futebol sul-americano, tendo iniciado em 15 de julho de 1900, quando as equipes se enfrentaram pela primeira vez, com vitória do Peñarol por 2 a 0.
A história desta longínqua rivalidade tem capítulos que a tornaram esta loucura da atualidade, onde os torcedores das equipes nutrem um ódio mútuo, que inclusive já teve casos tristes, com mortes e brigas entre hinchadas. Um dos destaques deste clássico é o equilíbrio entre as equipes durante as partidas, porém, um dos fatores que fez esta rivalidade explodir foi a maior goleada do clássico, aplicada pelo Peñarol em 1911, na vitória de 7 a 3, na casa do Nacional. Outro fato que aumentou o ódio entre os clubes ocorreu em 1922, quando a AUF decide desfiliar o Peñarol da entidade, numa tramóia política até hoje inexplicada, mas que para os carboneros teve o Nacional como maior responsável, pois o Peñarol era o maior campeão dos torneios organizados pela AUF, desagradando os bolsilludos.

Grandes equipes, grandes jogadores, grandes conquistas
As lembranças de grandes times formados pelo clube se iniciam em 1918, com uma equipe que alinhava valores do futebol da época. O quadro titular era formado por Roberto Chery; José Benincasa e Pedro Rimolo (Alfredo Granja); Juan Pacheco, Juan Delgado e J.Delacroix; José Perez, Armando Artigas, José Piendibene, Isabelino Gradín e Antonio Campolo. Além disso, conquista do torneio nacional deste ano acabou com a supremacia do Nacional que vinha de um tri-campeonato. Outro time das primeiras épocas também lembrado é o do primeiro título uruguayo da era profissional, em 1932, que tinha as presenças de Pedro “El Tigre” Young, Luis “El Grande” Matozzo, Ernesto Mascheroni, Obdulio Varela (El Negro Jefe) e Álvaro Gestido.
Em 1949, o clube aurinegro forma um de seus mais famosos quadros de todos os tempos. Era uma equipe tão forte que formaria a base do conjunto uruguayo que arrebataria a Copa Jules Rimet em 1950 diante de um Maracanã com 200.000 pessoas. Esse time, conhecido como “La Maquina del 49”, se compunha dos seguintes atletas: Rogue Máspoli, Enrique Hugo, Mirto Davoine (Sixto Posamai), Juan C.González, Obdulio Varela, Washington Ortuño, Alcides Ghiggia, Juan Eduardo Hohberg, Juan Schiaffino, Oscar Míguez e Ernesto Vidal.
O ano de 1958 ficou marcado pela posse daquele que seria o presidente mais laureado da história do Peñarol, aquele que levou o clube ao início de suas grandes conquistas internacionais.  Gastón Guelfi presidiu o Peñarol até 1973, quando morreu ainda no exercício do cargo. A partir de 58, o Peñarol foi pentacampeão uruguayo, no período que ficou conhecido como “Quinquenio de Oro” (1958, 1959, 1960, 1961 e 1962), e ganhou suas primeiras três copas Libertadores da América (1960, 1961 e 1966) e seus primeiros Mundiais Interclubes (1961 e 1962). Ainda sob a presidência de Guelfi, o Peñarol conquistou mais quatro campeonatos uruguayos (1964, 1965, 1967 e 1968). Desta época de ouro se destacam Luis Cubilla, Alberto Spencer, William Martinez, Alves da Silva, Walter Aguerre, Albert Hein, Roberto Garcia, Sacía, Néstor Gonçalves, Ladislao Mazurkiewicz, Pablo Forlán, Pedro Rocha, entre muitos outros guerreiros charruas vestidos de amarelo e preto, desbravando a América e o Mundo em confrontos com Real Madrid, de Di Stéfano e Benfica, de Eusébio.
Durante os anos 1970, um grito ecoou por muitas canchas uruguayas: Nando! Eles destinavam-se a celebrar os gols do maior goleador da história do futebol uruguayo: Fernando “El Potro” Morena, o artilheiro infalível, autor de 235 gols no campeonato uruguayo. Em 1978, Morena se tornou o jogador com mais gols marcados em uma partida, quando fez sete contra o Huracán. Foi o goleador do campeonato por sete vezes, seis delas consecutivas (1973, 1974, 1975, 1976, 1977 e 1978). El Potro ingressou no Peñarol em 1973, vindo do River Plate, saindo em 1978, para o Rayo Vallecano (Espanha). Foi sete vezes campeão uruguayo.
Na volta de Fernando Morena para o clube, em 1982, o Peñarol conquista a sua quarta Copa Libertadores da América, justamente com um gol seu contra o Cobreloa (Chile), no último minuto da decisão. No final do mesmo ano, o Peñarol voltou a ser campeão mundial, vencendo o Aston Villa (Inglaterra), por 2 a 0, com gols do brasileiro Jair e Walkir Silva.
Peñarol libertou a América pela última vez em 1987
A quinta e última vez que este clube de 120 anos pintou a América de amarelo e preto foi em 1987, quando enfrentou o América de Cáli (Colômbia), na final do torneio. Foram necessárias três partidas finais para definir o campeão, e na terceira, disputada em Santiago, no Chile, o Peñarol venceu por 1 a 0, com gol nos acréscimos, marcado por Diego “La Fiera” Aguirre, até hoje endeusado como um dos maiores homens da história do clube.
O último grande time campeão do Peñarol foi montado nos anos 90. Ansioso por honrar o centenário da sua fundação, o Peñarol formou uma forte equipe que, dona do genuíno estilo uruguayo, lançou-o na senda do segundo pentacampeonato uruguayo da sua história, nos anos de 1993, 1994, 1995, 1996 e 1997. Os principais pilares deste time cinco vezes campeão nacional foram os treinadores Gregorio Pérez, primeiro, e Jorge Fossati, depois. Pérez iniciou seu trabalho com um objetivo claro: recuperar a mística carbonera! Assim foi, com um fantástico onze, onde se destacaram Nelson Gutierrez, um produto da base mirasol, Pato Aguilera, Carlos De Lima, o lutador De los Santos, El Chueco Perdomo e o último grande símbolo aurinegro, Pablo Bengoechea, conhecido como “El Professor”, presente nos cinco títulos. Bengoechea fez 188 jogos e marcou 48 golos, sendo sempre um cavalheiro dos campos. A imagem perfeita do centenário espírito do Peñarol, preparado para mais 100 anos de intensa paixão futebolística.

Dos anos 2000 até aqui: vacas magras, mas com dias contados
Após o segundo qüinqüênio, na década de 90, o Peñarol entrou nos anos 2000 sem a mesma atitude, demorando a se adaptar a nova realidade do futebol uruguayo e do próprio futebol, com a raça e o espírito guerreiro dando lugar ao marketing, aos jogadores moicanos dribladores e o caráter econômico-empresarial dos grandes clubes da atualidade. A paixão e alma carbonera continuam intactas, porém o mundo ao seu redor evoluiu demais para o estilo romântico do futebol aurinegro. Tentando se adaptar, os títulos do Peñarol escassearam, fato que ocorreu igualmente com os ídolos. Dos anos 2000 se destacam apenas Antonio Pacheco, Diego Alonso e Darío Rodríguez, e os últimos títulos do Campeonato Uruguayo ocorreram em 2003 e na temporada 2009/2010, excluindo aí os Torneos Aperturas e Clausuras conquistados.
Quando colocamos na conta o fato de no mesmo período o maior rival ter conquistado seis campeonatos uruguayos, o drama fica ainda maior. Porém, o panorama atual, de investimento na base e uma melhor organização da estrutura do clube, trazem esperanças à apaixonada torcida carbonera. O recente vice-campeonato da América, em 2011, serviu para inflamar os torcedores, que agora vão em busca do título do nacional para voltar bem à Copa Libertadores da América, a obsessão do gigante clube uruguayo.

Principais títulos
3 Mundiais Interclubes (1961, 1966 e 1982)
5 Copas Libertadores da América (1960, 1961, 1966, 1982 e 1987)
37 Campeonatos Uruguayos (1932, 1935, 1936, 1937, 1938, 1944, 1945, 1949, 1951, 1953, 1954, 1958, 1959, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968, 1973, 1974, 1975, 1978, 1979, 1981, 1982, 1985, 1986, 1993, 1994, 1995, 1996, 1997, 1999, 2003 e 2009/2010)

27 de setembro de 2011

Sétima rodada do Campeonato Uruguayo 2011/2012


Após uma semana de pausa total aqui no Futebol de Uruguay (maldito seja o cara que inventou a internet 3G! E maldito seja o dia por só ter 24hs!), voltamos à ativa com mais uma sensacional rodada do Campeonato Uruguayo 2011/2012! A sétima rodada do Torneo Apertura 2011 apresentou um embate entre os líderes de até então, vitória sofrida do lanterna da competição sobre o temível Nacional, boa jornada de um brasileiro que está se destacando em terras charruas, invasões de torcedores, quase rebaixado se reerguendo, enfim, teve muita emoção e bom futebol.
Com os resultados desta rodada, a classificação está assim:
1º) Peñarol, 17 pontos; 2º) Cerro, 16 pontos; 3º) Danubio, 14 pontos; 4º) River Plate, 14 pontos; 5º) Defensor Sporting, 11 pontos; 6º) Cerro Largo, 11 pontos; 7º) Fénix, 11 pontos; 8º) Nacional, 10 pontos; 9º) El Tanque Sisley, 9 pontos; 10º) Liverpool, 7 pontos; 11º) Racing, 7 pontos; 12º) Rampla Juniors, 7 pontos; 13º) Wanderers, 6 pontos; 14º) Cerrito, 6 pontos; 15º) Rentistas, 6 pontos; 16º) Bella Vista, 3 pontos.
A tabela do descenso traz Rentistas e Cerrito nas últimas posições, ambos com 12 pontos, seguidos por Cerro Largo (22), Rampla Juniors (38), Racing (45), Bella Vista (47), Liverpool (47), Wanderers (47), River Plate (49) e El Tanque Sisley (50) como os clubes mais próximos do rebaixamento.

Em desculpa ao longo tempo sem posts, os lindos gols da sétima rodada do Torneo Apertura 2011

Cerro Largo 3 x 2 Rampla Juniors
Mesmo jogando em casa, o Cerro Largo foi surpreendido pelos  picapiedras que abriram 2 a 0 com Danilo Asprilla e Richard Nuñez (sempre ele!), porém, com muita raça e com o apoio das torcida arachán, na etapa complementar, os comandados de Danielo Nuñez conseguiram a virada marcando três gols em sete minutos. Os gols foram marcados por Rino Lucas, de ótima partida, Adolfo Lima e Marcos Neves. A épica vitória foi muito comemorada, pois o Rampla Juniors é um adversário direto na briga contra o rebaixamento.

El Tanque Sisley 3 x 2 Wanderers
No começo da competição, o Wanderers despontava como uma grande e surpreendente equipe, jogando um belo futebol e ganhando partidas, porém nos últimos jogos o time vem caindo mais a cada rodada e agora já está lá embaixo, brigando para sair das últimas posições. A derrota para o El Tanque Sisley foi um reflexo disso: embora tenha sido um bom jogo, a equipe não teve forças para vencer um time tecnicamente inferior e acabou perdendo mais três pontos. Os bohemios começaram vencendo, com Federico Domínguez, mas tomaram a virada com gols de Gastón Machado e Miguel Murillo. Gastón Ramírez chegou a empatar, porém Ignácio González deu a vitória ao fusionado.

Defensor Sporting 1 x 0 Rentistas
Após um começo irregular, com empates e derrotas em casa, o Defensor Sporting se recupera na competição, embora não tenha feito grandes partidas. Com um golaço de Brahian Alemán, um dos destaques da equipe, os violetas bateram o Rentistas, time com grande potencial ao rebaixamento. Com 11 pontos, o Defensor Sporting já pensa na briga pelo título, enquanto o colorado segue lááá embaixo.

Cerro 2 x 1 Liverpool
Roubando a cena após o Wanderers decepcionar e o River Plate ser goleado e perder a liderança, o Cerro desponta na segunda colocação, fazendo uma boa campanha e surpreendendo por contar com poucos recursos e um time bastante regular. Nesta rodada, os albicelestes receberam o Liverpool e com o doblete da jóia Gonzalo Mastriani venceram o seu adversário com certa facilidade. Bastante irregular, o Liverpool marcou com Nicolás Royón, e não deve passar muito da posição em que se encontra, no meio da tabela.

Danubio 1 x 0 Cerrito
Mais uma vez o Danubio evidenciou a fraqueza de seu ataque ao receber uma equipe bastante inferior e só conseguir vencer pelo placar mínimo. Os de La Franja vêm fazendo uma boa campanha, estando na terceira colocação, porém os poucos gols de seu ataque geram questionamentos em sua fanática torcida. Já o Cerrito continua na luta contra o rebaixamento, com apenas seis pontos conquistados até aqui, estando na penúltima colocação na tabela do descenso. O gol da vitória danubiana foi marcado por Néstor Silva, em uma bela cabeçada.

River Plate 0 x 4 Peñarol
Este era o jogo mais esperado da rodada. Em campo, os dois líderes do torneio, que faziam as campanhas mais regulares e os jogos mais qualificados. O panorama apontava para um jogo muito equilibrado, mas na prática a situação foi outra. O River Plate esteve irreconhecível e acabou sendo goleado pelo Peñarol, que abriu o placar logo aos quatro minutos com um chutaço de Edinson Torres. Aos 30 o Peñarol já vencia por 2 a 0, em um chute ainda mais chutaaaço, desta vez disparado pelo brasileiro João Pedro, que fez mais uma grande partida, sendo o maior responsável pela goleada carbonera, com duas assistências e dois gols. Na segunda etapa, João Pedro fez mais um e Walter López tratou de fechar a conta. A vitória deu a liderança ao Peñarol.

Bella Vista 1 x 0 Nacional
Após este resultado, o sentimento uruguayo era o seguinte: a situação do Nacional piora a cada dia mais. Depois de ser eliminado na Copa Sulamericana e de ver o seu maior rival liderar o Apertura 2011, agora o Nacional conseguiu perder para o lanterna do torneio, que alcançou a sua primeira vitória após seis derrotas consecutivas. O desempenho bolsilludo foi pífio (duas conclusões a gol em toda a partida), mas há de se ressaltar que o Bella Vista mostrou um bom futebol que há muito não se via, com toque de bola, marcação forte e velocidade no ataque. O gol auribranco surgiu dos pés de José Varela e ao que tudo indica, o jovem Diego Alonso conseguiu dar um suspiro de vida aos papales, enquanto o igualmente jovem Marcelo Gallardo, treinador do Nacional, respira por aparelhos em seu cargo.

Racing 0 x 0 Fénix
Embora o Racing precisasse da vitória para sair de baixo e o Fénix buscasse se afirmar como postulante à ponta de cima da tabela, o jogo disputado na manhã de domingo no Parque Roberto, foi bastante chato, com poucas oportunidades de gol e com pouca emoção. O único destaque da partida foi a expulsão do meia Aníbal Hernández, bo Racing.

Na próxima rodada do Torneo Apertura 2011, que será disputada no próximo fim de semana, jogam Rentistas x Peñarol, Cerro Largo x Bella Vista, Cerrito x Nacional, Cerro x River Plate, Liverpool x Rampla Juniors, Racing x Defensor Sporting, Fénix x Wanderers e El Tanque Sisley x Danubio.

20 de setembro de 2011

"El Matador" Cavani destroça o Milan



El Matador vence o goleiro milanês e dá a vitória para os sulistas frente a "Itália rica". Cavani 3 x 1 Milan

No último domingo (18), Napoli e Milan se enfrentaram pela 3ª rodada da Lega Calcio, o Campeonato Italiano de Futebol. Jogão, Milan favorito por ser o atual campeão, Pato, Seedorf, Aquilani, Thiago Silva e todas as estrelas milanesas em campo, enquanto que do outro lado estavam os sulistas do Napoli, por anos vítimas dos maiores impropérios advindos da "Itália rica". Além disso tudo, os milaneses entraram no San Paolo e logo aos 11 minutos abriram o placar com Aquilani, num lindo cabeceio. O trajeto para mais uma vitória dos ricos rossoneros sobre os guerreiros napolitanos estava praticamente escrito, até que...
Até que um charrua apareceu no caminho dos milaneses e destroçou a defesa adversária, rasgou a camisa rubronegra e gritou a plenos pulmões: "Avanti Napoli!", acabando, pelo menos no resto daquele dia, com a indiferença da parte rica da Itália com os sulistas de Napoli. Edinson "El Matador" Cavani marcou os três gols que deram a vitória para os napolitanos, deixando a equipe na liderança da primeira divisão italiana, ao lado de Juventus, Clagliari e Udinese.
El Matador acabou com a defesa rossonera com três lindos chutes. No primeiro pegou firme na bola, após desvio de cabeça, colocando entre as pernas do goleirão milanês. Já no segundo, outro uruguayo do Napoli, Walter Gargano, roubou a bola, avançou de sua defesa até a área adversária e tocou para Cavani que chutou alto, indefensável. E no terceiro, fechando o caixão, El Matador pegou no ar o rebote da zaga e completou seu hat trick, mandando os rossoneros para a casa com uma grande dor de cabeça.

Abaixo, no vídeo, os gols da partida da partida onde El Matador trucidou as entranhas milanesas!

Avante Matador!

19 de setembro de 2011

Sexta rodada do Campeonato Uruguayo 2011/2012

Embolou tudo no Campeonato Uruguayo 2011/2012! É essa conclusão que os amantes do futebol uruguayo fazem após a realização da sexta rodada do Torneo Apertura 2011, no último final de semana, pois na parte de baixo há cinco clubes com seis pontos conquistados, e na parte de cima a diferença do 1º ao 4º colocado é de apenas três pontos, sem falar que no meio da tabela a diferença do 5º ao 10º também é de três pontos. Assim, com os resultados da última rodada é possível que o atual 10º colocado (Rampla Juniors), com duas vitórias, suba para a 3º colocação, se candidatando ao título e mostrando ao Brasil que o Campeonato Uruguayo também é um dos torneios mais equilibrados do Mundo.
Além dos resultados que deixaram o Apertura 2011 ainda mais equilibrado e competitivo, a sexta rodada também trouxe golaços, como na cobrança de falta de Richard Nuñez, o olímpico de Ignácio González, o balãozinho que Matias Britos aplicou no goleiro Darwin Nieves, o gol de Diego Rodríguez (lááá de longe) e o GOLAÇO, com letras maiúsculas, de Manuel Fernández, do Racing, pegando de voleio do meio da rua, Lindo! Outro destaque foi o tropeço do líder River Plate, que jogando contra um adversário muito inferior, não conseguiu os três pontos e deixou o Peñarol encostar na classificação, com os mesmos 14 pontos dos darseneros.
Após a sexta rodada, a classificação do Torneo Apertura 2011 ficou assim: 1º) River Plate, 14 pontos; 2º) Peñarol, 14 pontos; 3º) Cerro, 13 pontos; 4º) Danubio, 11 pontos; 5º) Nacional, 10 pontos; 6º) Fénix, 10 pontos; 7º) Defensor Sporting, 8 pontos; 8º) Cerro Largo, 8 pontos; 9º) Liverpool, 7 pontos; 10º) Rampla Juniors, 7 pontos; 11º) Wanderers, 6 pontos; 12º) Racing, 6 pontos; 13º) Cerrito, 6 pontos; 14º) El Tanque Sisley, 6 pontos; 15º) Rentistas, 6 pontos; 16º) Bella Vista, 0 pontos.
Na tabela do descenso, Cerrito e Rentistas são os dois últimos colocados, com 6 pontos, tendo o Cerro Largo vindo em seguida, com 8. Logo atrás está o Rampla Juniors (38), Racing (44) e Bella Vista (44).

No vídeo abaixo estão todos os gols da sexta rodada do Torneo Apertura 2011. Assistam e comentem!

Rampla Juniors 2 x 1 El Tanque Sisley
O apoio da sua torcida fez com que o Rampla Juniors passasse por cima dos desfalques, batendo um dos seus rivais na luta contra o rebaixamento. O El Tanque Sisley até começou bem, retendo mais a bola e criando oportunidades, porém a expulsão de Gonzalo Ramírez, aos 13 minutos do primeiro tempo acabou com as chances fusionadas. Os picapiedras dominaram o restante do jogo e marcaram seu primeiro gol com Richard Nuñez. Ignacio González chegou a empatar a partida ainda no primeiro tempo, com um belo gol olímpico, mas três minutos depois, Willinton Techera deu a vitória ao Rampla.

Fénix 0 x 3 Cerro
Com uma defesa sólida, bem montada pelo treinador Ricardo Ortiz, e jogando com três atacantes, o Cerro não teve dó e massacrou o Fénix no Parque Capurro. Numa partida decisiva, onde as duas equipes disputavam pontos necessários para saber se podem lutar por algo maior neste Apertura, o Fénix deixou-se abater e o  Cerro disparou. Guillermo De Los Santos, Gustavo Varela e Luis Machado fizeram os gols dos albicelestes.

Liverpool 2 x 3 Defensor Sporting
Jogando na casa do Liverpool, o Defensor Sporting soube aproveitar os espaços dados pelos anfitriões e marcou dois gols ainda no primeiro tempo, com Matias Britos e Diego Rodriguez. Ainda na primeira etapa, Emiliano Alfaro errou cobrança de pênalti, mas no rebote descontou para o Liverpool. O gol acordou os negriazules, que no segundo tempo chegaram a empatar, novamente com Emiliano Alfaro, porém o Defensor Sporting voltou a dominar o Liverpool e contando com o gol contra de Walter Tourrelles, conseguiu reencontrar a vitória depois de quatro partidas.

Rentistas 2 x 1 Bella Vista
Novo treinador, velhos defeitos e os mesmos 0 pontos na classificação. Assim foi a estréia de Diego Alonso pelo Bella Vista, fora de casa contra o Rentistas, que dominou os papales e conquistou a sua segunda vitória no Apertura. Ruben Planchón abriu o placar para o colorado, e em seguida Esteban Maga chegou a empatar a partida, porém faltou força aos papales para virar o jogo. Planchón marcou o segundo e se transformou no vilão da estréia de Alonso.

Racing 3 x 2 Wanderers
O Wanderers começou bem contra o Racing, se impondo e vencendo o jogo após o gol de Marcelo Méndez, porém, num dado momento a equipe se perdeu e permitiu o crescimento do Racing, que empatou com Martin Crossa e virou com Gonzalo Aguilar, ainda no primeiro tempo. Na segunda etapa, Manuel Fernández marcou um golaço, que praticamente sacramentou a derrota bohemia. No final, Antonio Pacheco ainda descontou, porém já era tarde. Após a terceira derrota seguida, alguns torcedores do Wanderers pediram a saída do treinador Daniel Carreño, porém a diretoria bohemia anunciou que irá manter Carreño pelo projeto à longo prazo que o treinador vem executando com os jovens do clube.

Peñarol 2 x 1 Danubio
No jogo mais esperado da rodada, no qual dois postulantes ao título brigaram pelos três pontos, melhor para o Peñarol, que dominou os danubianos durante toda a partida, contando com o bom desempenho do jovem Santiago Silva e do brasileiro João Pedro, senhor da meia cancha carbonera. Com gols de Santiago Silva, que marcou seu primeiro gol com a camisa aurinegra justamente contra o clube que o formou, e de Marcelo Zalayeta, o treinador Gregório Pérez chegou a sua primeira vitória. Ao final, o zagueirão Damián Malrechauffe descontou para o Danubio.

Nacional 4 x 0 Cerro Largo
A defesa do Cerro Largo sentiu o peso de enfrentar o Nacional no Parque Central e por isso errou demais durante jogo, principalmente nos quatro gols da equipe. Além disso, destaque também para Marcelo Gallardo que obteve a sua primeira vitória sem sustos, jogando bem e pressionando o Cerro Largo com o 4-3-3 montado pelo treinador argentino. Os gols ficaram por conta de Richard Porta (2), que jogou muito bem, Gonzalo Bueno (estreou com gol e assistência) e Alexander Medina.

Cerrito 0 x 0 River Plate
Pelo que foi demonstrado em campo, o 0 a 0 foi injusto com as equipes. A partida foi bastante equilibrada, com os donos da casa jogando melhor no primeiro tempo e os darseneros atacando com mais ofensividade na segunda etapa. Antes do fim do jogo, Sebatián Taborda (RP) e Yoel Burgueño (C) carimbaram a trave, deixando o gostinho de gol preso na garganta dos torcedores. O empate foi bom para o aurinegro que conseguiu segurar o RIver Plate, líder do Apertura a rodada, este que marcou passo e perdeu a chance de disparar na liderança do torneio.

Na próxima rodada jogam Bella Vista x Nacional, Cerro Largo x  Rampla Juniors, River Plate x Peñarol, Cerro x Liverpool, Defensor Sporting x Rentistas, Racing x Fénix, Danubio x Cerrito e El Tanque Sisley x Wanderers.