20 de setembro de 2012

Inativo (infelizmente...)

É com muito pesar que informo (não, o blogueiro não morreu!) que este muy portentoso blog está inativo (sim, há quase um ano, cabrón). O "problema" é que estudando e trabalhando muito, o tempo para descrever as maravilhas, láureas e davaneios do glorioso futebol uruguayo ficou curto, inexistente na verdade.
Porém, a boa notícia é que não falta vontade de voltar a ativa. A cada dia o sentimento aumenta, a cada gol charrua pelo mundo correm lágrimas de saudade pelo rosto suado de quem se divide em três a cada nascer do sol (infelizmente, no Brazil ou você faz isso ou fica para trás). Assim, com tamanha vontade, muitos são os planos para o futuro não longínquo deste blog.
Parcerias, dúvidas, sugestões e demais aspirações para o Futebol de Uruguay podem ser encaminhadas para o blogueiro desta casa: taynansilveira@yahoo.com.br.
Saudações Celestes!

19 de novembro de 2011

Os brasileiros no maior clássico do continente


Neste domingo teremos o grande clássico do futebol uruguayo, sem duvida o maior da América. Nacional x Peñarol além de unir histórias fantásticas, um extenso numero de títulos e ídolos históricos, alia a rivalidade ligada ao espírito charrúa, guerreiro e peleador. Como domingo será o dia que Montevideo e a República Oriental Del Uruguay pararão para assistir o confronto entre carboneros e bolsilludos no estádio Centenario, hoje o Futebol de Uruguay cede espaço à um de seus leitores mais fiéis para contar um pouco da história deste grande clássico.
Douglas Muniz da Silva tem 22 anos, é de São Paulo e desde a Copa América de 1995 é encantado pelo futebol uruguayo. Quando Douglas conheceu a força e a mítica da Celeste naquela final contra o Brasil, um capitão charrua, camisa 10 às costas, chamado Enzo Francescoli, desconhecido para uma criança de 6 anos que sabia o básico do esporte bretão, destruiu a ambição canarinho e se tornou assim o grande ídolo da infância de Douglas. “Um verdadeiro gênio! Adoraria que o meu time, com a dinheirama que tinha à época, contratasse ele” lembra.
Hoje, mesmo após 16 anos, Douglas não esqueceu Francescoli, muito menos o futebol uruguayo, que lhe admira com as suas belíssimas histórias, suas lendas em campo e conquistas diversas. A paixão e admiração são tantas que, assim como muitos dos brasileiros apaixonados pelo futebol charrua, Douglas deseja viajar até o Uruguay, conhecer à fundo a sua cultura e a sua gente e “respirar o futebol que acontece de forma mais intensa na época do Clássico”, sonhando também em assistir um dia à um Nacional x Peñarol junto à torcida no Centenario.
Enfim, deixemos que o amor e conhecimento de Douglas sejam transmitidos pelas linhas abaixo.

Muitos craques de outros países fizeram parte da história desses clubes e também do clássico, desde os primórdios do futebol uruguayo, passando pelo começo do profissionalismo e da era platina do futebol sulamericano sobre o europeu, até chegarmos aos dias atuais. A presença dos brasileiros no derby de Montevideo foi muito importante em toda a história desse clássico, e por isso veremos alguns desses nomes históricos que atuaram pelos dois clubes:
Corria o ano de 1931 e o amadorismo marrom começava a dar os seus últimos suspiros no futebol brasileiro, os principais craques do futebol verde e amarelo começavam a dar o salto para uma vida de riqueza e status que eles acreditavam que o profissionalismo garantiria. O futebol dos vizinhos Uruguay e Argentina já adotava o regime profissional, Domingos da Guia era titular da seleção brasileira e já despontava como um gênio na posição. Os uruguayos se recordavam perfeitamente de uma partida pela Copa Rio Branco onde Domingos desfilou a sua enorme categoria e o Brasil ganhou do então campeão do mundo. Melhor resume o não menos genial escritor Mário Filho sobre a sua atuação nessa partida tão decisiva em sua carreira:
‘... É como vejo Domingos: dando o drible em Dorado. Bastava que Dorado pegasse uma bola para a multidão ficar de coração batendo. E Dorado pega a bola e fecha sobre o arco brasileiro, Domingos correndo ao lado dele. Eram duas pernas na frente, duas pernas atrás. Pareciam, Domingos e Dorado, um corpo só. De repente, Domingos gira o corpo, dá as costas para o gol, pára. E lá vai Dorado para dentro do gol. E dentro do gol eram pontapés nas redes, eram socos no ar, eram gritos, eram abraços, eram beijos. Em volta do estádio, petrificado, imóvel, emudecido. E Domingos um pouco além da área, olhando espantado para tudo aquilo, enquanto pisava a bola, como uma estátua... ’
Após a trabalhosa contratação de Domingos pelo Nacional, os Bolsos formaram a maior defesa do mundo: Domingos da Guia e José Nasazzi, lendária na história do clube. Virou o “Divino Mestre”, decisivo em um clássico quando parou o também brasileiro Feitiço na primeira fase do Campeonato Uruguayo, mas não participou da final contra o próprio Peñarol. Mesmo assim ficou a grande lembrança de um jogador monumental para a hinchada bolsilluda.
Outro nome histórico do clássico foi Leônidas da Silva, descoberto também em uma partida entre as duas seleções onde fora o destaque da vitória brasileira numa Copa Rio Branco com dois gols e uma atuação de gala. Jogando no pequeno Bonsucesso e com o profissionalismo instaurado no Uruguay, Leônidas rumou ao Peñarol. Mesmo sem vencer um titulo sobre o rival, Leônidas deixou a marca do seu futebol malabarista e virtuoso pelo clube, tratado como gênio mesmo ficando por pouquíssimo tempo.
Luis Matoso, o Feitiço, foi um grande nome do futebol brasileiro atuando pelo carbonero, fazendo partidas excepcionais e ajudando a levar o titulo uruguayo de 1935. Nomes brasileiros históricos no Peñarol, sem esquecer de citar Luiz Luz, bandeira histórica do Grêmio, era uma tentativa de resposta a José Nasazzi, garantindo dois títulos uruguaios e escrevendo o seu nome no histórico de ídolos brasileiros no Manya.
Outros nomes brasileiros que marcaram o clássico naqueles anos, e também a história dos dois clubes, foram Patesko e Benevuto pelo Nacional, Bahia e Coelho para o Peñarol. Anos mais tarde veríamos novos nomes figurar no clássico.
Após o rompimento com o Botafogo sob acusações de suborno no ano de 1969, Manga acabou negociado ao Nacional, fazendo parte da base tetra campeã uruguaya, campeã da Libertadores e Mundial pelo clube, num período fantástico da história do clube, com oito jogadores em campo na semi-final da Copa de 1970. O time campeão da América em 1971 era: Manga; Ubiñas, Ancheta, Masnik e Blanco; Montero Castillo e Espárrago; Maneiro (Mujica), Luis Cubilla, Artime e Morales (Mamelli), que bateu o Peñarol por 2 a 0 eliminando o rival com uma grande atuação de Manga. Seguiram-se outras atuações destacadas e histórias folclóricas também, pois foi o primeiro goleiro da história do clube a fazer um gol, contra o Racing de Montevideo. Dizem que o seu gosto pelo cassino que quase o deixou na miséria foi adquirido quando atuava pelos bolsilludos.
Vindo do sul, Jair era tido como “o príncipe”, abaixo apenas do “Rei Dadá” e de outros ídolos no Internacional na conquista do Brasileiro de 1975, 1976 e 1979. Foi negociado com o Peñarol como contrapeso do craque Rubén Paz. Grande negócio para ambas as partes. Com atuações destacadas no ano de 1982, quando conquistou o Campeonato Uruguayo, a Libertadores e o Mundial, tido como parceiro ideal de Fernando Morena, o time base era: Fernández; Diogo, Gutiérrez, Olivera e Morales; Bóssio e Saralegui; Vargas, Jair, Fernando Morena e Ramos. Envergando a camisa 10 e sendo decisivo em todos as conquistas, inclusive no Clássico dos Clássicos na vitória por 1 a 0.
Os técnicos brasileiros também tiveram importante participação nessa grande história. Osvaldo Brandão, treinador de sucesso no futebol paulista foi o responsável por um processo de transição de saída de grandes nomes multicampeões pelo clube. Saíram Spencer, Pedro Rocha, Forlán e Figueroa com o intuito de montar um grupo novo, deu o azar de o rival viver um período excelente á época. Dino Sani também teve a oportunidade de comandar o Decanato, foi bi-campeão uruguayo, aproveitando-se do grande goleador Morena e de um ascendente Rubén Paz.
Com a abertura de mercado na Europa e a sanha por dinheiro dos nossos jogadores, não tivemos mais nomes históricos integrantes no Clássico. Jogadores inexpressivos passaram sem nenhuma boa lembrança para os torcedores carboneros e bolsos, hoje João Pedro tem uma grande responsabilidade sobre os ombros, além de envergar a camisa carbonera, manter o histórico marcante de jogadores brasileiros pelos dois clubes e principalmente, no Clássico dos Clássicos.

Para finalizar, o Futebol de Uruguay lembra: o maior clássico das Américas acontece amanhã, às 17h, e é quase obrigação de todo amante do futebol uruguayo acompanhar este jogaço. Infelizmente as emissoras brasileiras não irão transmitir, mas a partida pode ser acompanhada por rádio via internet ou pelos sites de futebol uruguayo.

17 de novembro de 2011

Celeste segue conquistando vitórias: 1 a 0 contra a Itália


Sebastián Fernández (ao centro) substituiu Luis Suárez marcando o gol da vitória uruguaya
O selecionado uruguayo comandado por El Maestro Oscar Washington Tabárez continua fazendo apresentações de bom futebol e vencendo adversários sem piedade. Depois de passar por cima do Chile, na última terça-feira (15), a Celeste foi até Roma para vencer por 1 a 0 a Itália no estádio Olímpico. A partida era amistosa, mas foi um jogo difícil contra a tradicional Itália, tetracampeã do Mundo.
A vitória no último jogo da Celeste neste ano começou a ser construída muito cedo. Aos dois minutos, Martin Cáceres disparou pela ponta direita, cruzou rasteiro para a área onde estava Sebastián Fernández. Sem dominar, Sebá chutou cruzado, no canto direito do goleiro italiano. Depois de sofrer o gol, a Itália foi ao ataque e mantendo a posse de bola chegou a dominar a Celeste, que, acuado, pouco criou na primeira etapa. Porém, o Uruguay se defendeu bem e embora a Itália tenha criado muitas oportunidades, nenhuma delas balançou as redes charruas. O gol italiano não saiu muito pelo fato de Fernando Muslera ter fechado o gol, assim como tem feito desde a Copa América, mantendo sua boa fase que deu tranquilidade à equipe de Tabárez.
Na etapa complementar a Itália seguiu tomando a iniciativa, mas a Celeste melhorou, adiantando a marcação. Muslera continuou sendo a figura do jogo, salvando o Uruguay, porém os charruas tiveram boas oportunidades com Edinson Cavani e Arévalo Rios. De resto, a Itália continuou lutando para não perder frente a sua torcida, tendo as chances mais claras, ambas sem sucesso. Assim, a Celeste saudou uma dívida com sua torcida neste ótimo momento desde a Copa do Mundo da África: vencer uma seleção européia de primeiro escalão.
Sem mais partidas em 2011, a Celeste só volta a jogar em fevereiro, no dia 29, quando enfrentará a Romênia, em amistoso com local ainda a ser definido. Pelas Eliminatórias Sul Americanas da Copa do Mundo de 2014 o Uruguay volta à campo no dia 3 de junho, em casa contra a Venezuela.
O gol de Sebastián Fernández você confere no vídeo abaixo:

16 de novembro de 2011

Décima segunda rodada do Campeonato Uruguayo 2011/2012


Mesmo com a Celeste dando show na véspera, os clubes uruguayos foram à campo no último fim de semana para realizarem a décima segunda rodada do Torneo Apertura 2011. Apresentando o confronto entre Antonio Pacheco e o clube onde ele foi ídolo, o Peñarol, a rodada trouxe grandes emoções aos estádios charruas.
Apesar da grande representatividade do confronto entre Wanderers e Peñarol, a rodada também se destacou pelas disputas entre os times da ponta de cima da tabela e da luta contra o rebaixamento de Bella Vista x Racing e Rentistas x Liverpool. Na ponta de cima os destaques foram as derrotas do líder e do vice-líder, o pobre empate de Danubio e River Plate e a vitória do Nacional, que deixou os bolsilludos na briga pelo título, a apenas um ponto do maior rival justamente na semana que antecede o clássico Nacional e Peñarol.
Com os resultados desta 12ª rodada, a tabela de classificação do Campeonato Uruguayo 2011/2012 ficou assim: 1º) Danubio, 25 pontos; 2º) Peñarol, 24 pontos; 3º) Nacional, 23 pontos; 4º) Cerro, 23 pontos; 5º) River Plate, 21 pontos; 6º) Defensor Sporting, 20 pontos; 7º) Cerro Largo, 18 pontos; 8º) Fénix, 16 pontos; 9º) El Tanque Sisley, 16 pontos; 10º) Racing, 14 pontos; 11º) Wanderers, 13 pontos; 12º) Liverpool, 13 pontos; 13º) Cerrito, 13 pontos; 14º) Rampla Juniors, 10 pontos; 15º) Rentistas, 10 pontos; 16º) Bella Vista, 9 pontos.
Na tabela do descenso o lanterna é o Rentistas, com 20 pontos, seguido por Cerrito (26), Cerro Largo (36), Rampla Juniors (41) e Racing (52), como os times mais próximos do rebaixamento à segunda divisão.

Os gols da 12ª rodada do Campeonato Uruguayo 2011/2012 estão no vídeo abaixo:

Cerro Largo 0 x 3 Defensor Sporting
Antes da partida se iniciar o Cerro Largo estava à frente do Defensor Sporting na tabela de classificação, porém foi só a bola rolar para o Defensor mostrar sua força perante os recém saídos da Segunda Divisão. Desde o início os visitantes foram superiores ao clube arachán, com mais espaços e oportunidades de gol. Assim, a partida terminou em goleada do Defensor Sporting, com gols de Ignacio Risso, Diego Ferreira e Diego Rolán, este último em uma linda jogada individual começada por Rolán, saindo de seu campo, driblando três marcadores e finalizando dentro da pequena área.

Fénix 3 x 1 Cerrito
Com o apoio da sua torcida no Parque Capurro, o Fénix não encontrou dificuldades para derrotar o Cerrito, de campanha muito irregular neste Apertura. Tentando melhorar sua posição, o Fénix mostrou um bom futebol, dominou claramente o adversário e criou as principais oportunidades da partida. A vitória dos donos da casa se iniciou com Ignacio Pallas e aumentou com Juan Manuel Ortiz e Alejandro Silva. O Cerrito descontou no gol de falta de Héctor Foletti.

Rentistas 3 x 0 Liverpool
Pelo menos neste confronto contra o Liverpool, foi só chegar o novo treinador Edgardo Arias para o Rentistas mudar de cara. Com o novo técnico o bicho colorado despachou o Liverpool com uma vitória contundente em casa, apresentando um bom domínio sobre o adversário, principalmente na etapa complementar, quando Gastón Giménez, Marcelo Fernández e Danilo Cócaro fizeram os gols da vitória do dono da casa.

Bella Vista 0 x 1 Racing
As duas equipes travaram um duelo muito equilibrado em busca de três importantes pontos na briga contra o rebaixamento à Segunda Divisão. Depois de um primeiro tempo com poucas chances de gol, a expulsão de Jesús Belase, do Bella Vista, foi determinante para o resultado da partida. Com um golaço no ângulo na falta cobrada por Cristian Ortiz o Racing superou o Bella Vista na casa do adversário.

El Tanque Sisley 2 x 0 Cerro
Enfrentando uma equipe tecnicamente mais fraca, assim como na rodada passada o Cerro perdeu a oportunidade de ultrapassar o Peñarol na tabela de classificação. A vitória do fusionado se decidiu logo nos primeiros 15 minutos de partida, pois após os gols de Gonzalo Pizzichillo e Gastón Machado, este último um golaço único, de muito longe, o Cerro não teve êxito algum em suas oportunidades criadas em grande número. A sensação após o apito final foi de que o Cerro acordou tarde.

Rampla Juniors 0 x 2 Nacional
Embora o primeiro gol tenha demorado 44 minutos para surgir, o Nacional não encontrou dificuldades para vencer o Rampla Juniors na casa do adversário, em uma partida bastante tranquila. O Rampla Juniors só ameaçou os bolsilludos em um lance no segundo tempo. Os gols do Nacional foram marcados por Matías Abero e Gonzalo Bueno, na etapa complementar, contando com a ajuda da defesa local. Os gols deixaram o Nacional embalado para o clássico contra o Peñarol, no próximo fim de semana, estando em terceiro lugar, com um ponto de diferença do seu maior rival. A notícia ruim para o Nacional foi a lesão de Diego Placente, que desfalca a equipe para o clássico.

Peñarol 1 x 2 Wanderers
Em suma, a tarde foi de Antonio Pacheco. No dolorido reencontro de Tony com o seu ex-clube e a torcida que o idolatra, o camisa 8 assumiu a responsabilidade de vestir a camisa do Wanderers e foi a peça fundamental para a vitória dos bohemios sobre o até então líder do Torneo Apertura. Com a ótima jornada de Pacheco e contando com a ajuda das falhas defensivas do Peñarol, que vem em queda há três partidas, o Wanderers venceu com dois gols de Richard Mercado. O Peñarol descontou com Sebastián Rossano. Ao final, para completar a tarde de Antonio Pacheco, um torcedor invadiu o campo para lhe abraçar, beijar e entregar uma faixa que dizia “Tony em El corazón de la hinchada”.

Danubio 0 x 0 River Plate
As duas equipes perderam a oportunidade de vencer e contabilizar pontos em uma rodada que Cerro e Peñarol perderam. O jogo em si foi bastante burocrático, com poucas chances de gol e com as emoções se concentrando apenas aos 14 minutos da primeira etapa, quando o River Plate perdeu um pênalti, e aos 30 da etapa complementar, quando Gastón Bueno foi expulso, deixando o Danubio com dez homens se defendendo para não perder em casa.

A próxima rodada do Campeonato Uruguayo 2011/2012 além de trazer o grande clássico da América do Sul entre Nacional e Peñarol, terá também Rampla Juniors x Rentistas, Defensor Sporting x Bella Vista, Racing x Cerro Largo, Wanderers x Cerrito, Danubio x Cerro, Fénix x Liverpool e El Tanque Sisley x River Plate.

15 de novembro de 2011

Celeste escalada para amistoso contra Itália

Logo mais, às 17h45, o Uruguay entra em campo no estádio Olímpico de Roma para enfrentar a Itália, em jogo válido como amistoso entre as duas equipes. Passado a partida contra o Chile, na sexta-feira (11), os comandados de Oscar Washington Tabárez rumaram para a Itália visando este amistoso e na última segunda-feira (14) foi realizado um treinamento no estádio Flaminio, em Roma, para definir o time que enfrenta os tetracampeões mundiais.
Durante o confronto contra os chilenos, Luis Suárez teve uma lesão leve, resultante de um choque com um adversário e por este motivo, dará lugar para Sebastián Fernández na partida de hoje. Além de Suárez, Álvaro González também será preservado e sua posição (meia) será ocupada por Maxi Pereira. Por motivos técnicos, Cristian Rodríguez assume a vaga do jovem Gastón Ramírez. Desta forma, a equipe que enfrenta a Itália será assim: Fernando Muslera; Martin Cáceres, Diego Lugano, Diego Godín e Álvaro Pereira; Arévalo Rios, Diego Pérez, Maxi Pereira e Cristian Rodríguez; Edinson Cavani e Sebastián Fernández.

Vamos Celeste!

Suárez 4 a 0 Chile!


Amparado pelo ótimo jogo coletivo da equipe, Suárez marcou os quatro gols da vitória uruguaya
Em uma noite de estádio Centenário de Montevideo quase lotado, a Celeste passou por cima do Chile, no jogo válido pela terceira rodada das Eliminatórias Sul Americanas da Copa do Mundo 2014. Essa noite, da última sexta-feira (11), foi a noite do charrua Luis Suárez. Amparado por uma grande partida do conjunto celeste, Luisito foi magistral, fez os quatro gols uruguayos e acabou com os chi-chi-chi-le-le-le. O Uruguay comandado por El Maestro Tabárez agora é ainda mais líder da competição.
Desfalcado de cinco jogadores por indisciplina e com inúmeros problemas internos, o Chile foi amplamente dominado pela Celeste durante toda a partida. Como um reflexo do bom trabalho de Tábarez em todas as seleções uruguayas, que resulta em uma seleção principal com um jogo coletivo digno dos melhores times do mundo, o Uruguay fez uma partida esplêndida, com grande ofensividade e intensa pressão pela posse de bola, que obrigou os chilenos a abdicar do bom toque de bola que lhe é característico. Mesmo sabendo que o processo iniciado por ele em 2006 é o motivo dos bons resultados atuais, Tabárez mostrou mais uma vez a sua humildade ao falar sobre a vitória e o bom futebol. “Estes garotos se conhecem entre eles, sabem o que queremos e a verdade é que tenho um grupo de futebolistas que me surpreende a cada partida” disse El Maestro.
Pressão charrua foi fundamental para vencer
Em suma, a tônica do jogo foi a mesma nas duas etapas. O Uruguay melhor em campo, pressionando o Chile dentro da área adversária e gerando perigo a todo momento, enquanto que os chilenos tentavam mostrar empenho ofensivo, somente usando de contra-ataquem em velocidade, sem efetividade. Nas melhores oportunidades do Chile, no começo da primeira etapa, o arqueiro Fernando Muslera tratou de fechar o gol. Enquanto Muslera tirava as esperanças chilenas, Suárez dava trabalho aos defensores adversários, aumentando o domínio celeste com pressão ofensiva, evitando assim que o Chile saísse tocando a bola em velocidade, sua melhor arma. Embora isso, o gol charrua esperou até o minuto 41 para acontecer, quando o Uruguay recuperou a bola com outro destaque individual, “El Cacha” Arévalo Rios, que encontrou Luisito livre para avançar até a entrada da área chilena e superar o goleiro Claudio Bravo com um chute cruzado. Antes do fim da etapa inicial, Suárez aproveitou uma má saída de Bravo e após uma série de rebotes, marcou de cabeça o segundo gol do jogo.
Assim como no primeiro tempo, na etapa complementar, a Celeste seguiu perigosa e com desempenhos quase impecáveis de seus jogadores, enquanto o Chile tentava atacar mas se via completamente anulado pela pressão dos donos da casa. Com a qualidade da equipe charrua, o terceiro gol de Suárez surgiu de uma boa jogada coletiva do Uruguay, iniciada pelo vigoroso Diego Pérez, que terminou com preciso arremate de cabeça do atacante do Liverpool inglês, aos 22 minutos. A bela noite de bom futebol uruguayo terminou com um disparo cruzado do camisa nove celeste, indefensável para o chileno Claudio Bravo. Além do vistoso futebol de Suárez, maior destaque ao marcar quatro gols, também se destacaram o compromisso e a concentração de toda a equipe charrua, que sabendo do objetivo uruguayo, não deu qualquer chance para o Chile, demonstrando que o fato de este time se conhecer há pelo menos quatro anos é o resultado do trabalho de El Maestro. Embora não goste de afirmar isso, Tabárez tem em suas mãos uma seleção com um funcionamento coletivo melhor do que qualquer time que trabalhe junto todos os dias e por isto é a melhor seleção da América e junto com a Espanha e a Alemanha, uma das melhores seleções do mundo.
Após esta vitória, a Celeste continua líder das Eliminatórias Sul Americanas, agora com 7 pontos, seguida por Argentina (4), Colômbia (4), Paraguai (4), Venezuela (4), Equador (3), Peru (3), Chile (3) e Bolívia (1). Na próxima rodada o Uruguay folga, só voltando a jogar pela competição em junho de 2012.

Os quatro gols de Luisito Suárez estão no vídeo abaixo: